Thursday, January 18, 2007

Moralistas

Ver de repente e num espaço de tempo fugaz o que outras pessoas fazem e julgar pelas tuas leis. Saber que outras pessoas não se interessam por nada daquilo que tu pensas e arengar como se cada palavra tua fosse inscrita em sangue na barriga dos incrédulos. Identificar pormenores que desconsideras e proclamar que todo o mundo o faz. Aconselhar como se fosses a única pessoa que sabe distinguir a diferença entre quem tem ou não razão, e identificá-la mesmo, carimbando em testas pequeninas a distinção a ferro em brasa. E, sobretudo, seguir em frente, cego, surdo, mudo, paralítico. Porque só assim não ouves nem sentes as pessoas que se riem de ti.

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